Carnaval de salvadores

por Cibelih Hespanhol

O Carnaval já chegou ao fim, mas aqui no Salvador Daqui a festa está solta.

Diversos salvadores de Viçosa saíram de seus cantos, 

e vieram comemorar as suas artes com a gente.

Confira agora quem carnavalizou o Salvador, e fez parte do nosso bloco de artistas!

Cauan Bittencourt Lana começou a fotografar por volta dos 14 anos, em Ipatinga, sua cidade natal. "Eu fazia umas imagens de coisas que me saltavam aos olhos e compartilhava com amigos na internet". Sua primeira câmera foi uma Zenit, analógica, comprada num brechó por seus pais. Com essa câmera, Cauan queimou vários filmes: "tirava desde retratos de amigos até cenas urbanas do cotidiano, e acabei me interessando mais pela coisa". O meio cultural proporcionou ao estudante de arquitetura entrar em contato com fotógrafos experientes, e participar de projetos artísticos. Seus trabalhos estão disponíveis nos sites do grupo POROLHOS e do seu Flickr pessoal.

Em seus trabalhos, Cauan já registra seu estilo: "gosto da área documental da fotografia, de tirar retrato de gente e de mesclar um pouco do sonho com a realidade". Se a arte salva? Para Cauan, "ajuda a gente a perceber e sentir coisas que já estavam ali e ninguém parou para prestar atenção".

Fotografias de Cauan Lana, estudante de arquitetura da UFV e fotógrafo das coisas "que ninguém presta atenção"

Criar cartões, camisetas e "otras coisitas" já não são mais o trabalho de Laene Mucci Daniel, nascida na cidade mineira de Ponte Nova, e professora na Universidade Federal de Viçosa. Mas sempre foram sua paixão. "Se penso nas artes gráficas, eu trabalhava leve e livremente, era dona da minha empresa e tinha clientes afins. Se penso no magistério, ser professora hoje também envolve criatividade, ir recriando o impossível na liberdade do possível". Laene trabalhou como designer por 10 anos, mas hoje é nas salas de aula do Departamento de Comunicação da UFV que ela tem seu espaço para criar. 

E, criativa como apenas salvadores conseguem ser, é assim que Laene responde à nossa pergunta: a arte salva?

Resposta-arte de Laene Mucci: a arte salva

Para ela, "criatividade" é a palavra chave: "acredito que para se destacar em meio a padrões globais e ser feliz na multidão de leads, o jornalista precisa ter repertório, ser criativo. E só é criativo quem sabe um pouco e sente muito o mundo à sua volta." No meio universitário, Laene procura "fazer, pensar e reinventar o 'arroz com feijão' ". 

A seguir, artes diversas desta salvadora, para quem "é preciso (e delicioso) expôr-se à criatividade". 

Artes produzidas nos anos 90 por Laene Mucci, que busca a criatividade como artista e professora

A arte da colagem digital surgiu em Letícia Abelha naturalmente, junto com sua vontade de fazer desenhos e pinturas. "Via uma imagem e queria acrescentar ou mudar alguma coisa. Com o tempo, fui conhecendo melhor as ferramentas do photoshop, o que possibilitou elaborar mais o que eu fazia ."

Estudante de Jornalismo desde 2010, é Letícia quem faz nossos desenhos de salvadores aqui no blog. Como integrante da equipe do Salvador Daqui, ela experimenta ainda mais sua arte, que considera "uma diversão": "gosto de trabalhar com imagens, seja com lápis, com o pincel, com o computador... Faço por gostar de brincar com o visual. O computador surgiu como um novo meio de possibilidades, e hoje, em meus desenhos digitais, misturo técnicas tradicionais com ferramentas novas."

Em suas criações, Letícia busca retratar seu olhar sobre o mundo. "Eu gosto do místico e do espiritual, o que reflete nos temas que escolho. Eu também tento criar um ar de mistério". E é assim, cheia de mistérios e criatividades, que sua arte se desenvolve. Para Letícia, "a arte é um meio de salvação, pois quando a gente cria ou admira algo, isso alimenta nosso espírito".

Criações de Letícia Abelha, estudante de jornalismo da UFV, e para quem a arte é uma brincadeira e um mistério

E, para finalizar a edição especial do nosso bloco carnavalesco, apresentamos ainda as fotografias da salvadora Luiza Pacheco. Luiza estuda História na Universidade Federal de Viçosa, onde também é auxiliar administrativa. Mora em Viçosa e fotografa desde 2010. Quando perguntada se a arte salva, foi clara e precisa: "a arte salva a gente da vida".

E é nas coisas simples da vida que Luiza se prende com sua câmera. Flores, pessoas, lugares... todas as coisas que escapam aos olhos do dia a dia, são retratadas em suas fotografias. "Comecei a fotografar nem sei porquê. Acho que era algo que sempre esteve dentro de mim".

Para quem também gostou do seu trabalho, segue o Flickr de Luiza Pacheco com seus trabalhos pessoais.

Fotografias de Luiza Pacheco, estudante de História na UFV: "a arte sempre esteve dentro de mim"

E assim também chega ao fim o nosso carnaval do Salvador Daqui.

Muito obrigado a todos os salvadores que fizeram parte desse bloco!

E continuem seguindo o Salvador!